Entrevista: Ex-deputado Michael Erwin

Vyšehrad, Praga, 17 de março de 2019 – Edição 15

Michael Erwin, ex-deputado da União Popular Alemã, que também ocupou a pasta do Interior no governo interino de Karl Gustav zu Litoměřice, nos recebeu nas vésperas de sua mudança para a Münster, a capital judiciária do Reich, após recente e inesperada renúncia ao mandato e desfiliação do partido proletário.

Vyšehrad Noviny: Excelência, o senhor foi recentemente eleito deputado pela DVU em uma eleição marcada pelo quase completo silêncio da militância popular. Seu partido também não chegou a apresentar uma plataforma para a última eleição e mesmo assim alcançaram margem de apoio para eleger dois deputados. Como o senhor avalia esse cenário?

Michael Erwin: Avalio que não necessariamente o uso de uma propaganda genérica se traduza em votos diretos em uma eleição. Além disso, o bom aparelhamento intelectual dos alemães aspira a uma política que aceita o princípio do contraditório, fator saudável em uma democracia genuína. Logo, mesmo com os problemas logísticos que surgiram no decorrer do processo eleitoral na militância popular, o povo alemão soube que o lobo alemão e sua alcatéia luta em prol daqueles que precisam ser protegidos. Muitos reclamaram e murmuram pelo nosso silêncio, ora, “se os homens tivessem no silêncio a mesma capacidade que têm no falar o mundo seria muito mais feliz.” (Spinoza)

O senhor, em um reviravolta cujos efeitos ainda aguardam ser analisados, renunciou ao mandato e desfiliou-se da DVU. Como justificar tal ato aparentemente tão inexplicável?

Questões particulares que dificultam meu tempo de atuação micronacional, sendo que a minha saída revelou-se ser traçada na mesma lógica, meu desvirtuamento enquanto político e a retirada das atividades do fundador do partido no Império Alemão.

Que cenários o senhor avalia para seu futuro político no país? Estaria reavaliando retomar sua carreira empresarial ou tentar outras possibilidades?

Meu desejo é iniciar uma carreira jurídica no Império e espero que isso me ajude como meio de experiência para meus objetivos macronacionais.

Na sua opinião seria irreal o cenário onde a DVU e o Zentrum se fundem para reequilibrar a balança política frente à SDA?

Seria uma estratégia política interessante que eu enquanto parlamentar já estava introduzir nos bastidores, contudo recebi a reprovação do atual parlamentar da Zentrum na época.

Com a isenção de alguém que está fora do jogo político neste momento, mesmo com uma rápida passagem pelo Parlamento, como o senhor avalia o governo do chanceler Karl Gustav?

É um ótimo governo, e posso ter como referência o bom funcionalismo público que apresentou durante a gestão passada a qual fui parte. Outrossim, o Chanceler é um ótimo político, carismático e moderado no que tange nas negociações dentro e fora do âmbito parlamentar.

Favorecido pela recente partida do outrora colega de partido, de quem herdou um substancial patrimônio, como pensa em contribuir para o país? Já há planos para uma mudança para a Vestfália e o início da nova carreira?

Como já falei, pretendo continuar minhas atividades na área jurídica alemã, além disso o início dos meus trabalhos irão ocorrer quando eu estiver apto nas ações necessárias para ter uma boa atuação, por isso estou sendo tutelado por Herr Crasnek [príncipe da Vestfália e presidente da Justiça Imperial], um indivíduo fantástico que tem me ajudado nessa perspectiva.

Agradecendo-lhe pela atenção com nosso veículo reservamos este espaço para suas considerações finais.

Agradeço a oportunidade ao veículo de informação pela maravilhosa entrevista e as objetivas e claras perguntas aqui feitas. Embora muitos venham a julgar as minhas ações como individualistas, sempre apoiei políticas que dêem ênfase no coletivo e no desenvolvimento social conjunto, por isso considero que meus atos políticos demonstraram que prefiro retroceder minha ambição e questionar minha base principiológica do que continuar uma carreira política vazia e medíocre. Desejo também toda a sorte a nova administração e deposito minha confiança no nosso parlamento democraticamente eleito e no ardoroso Kaiser. Heil Wilhelm!

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