Editorial – A Sucessão na Alemanha: Testemunho de Estabilidade e Tradição
Por S.M. Jorge Augusto de Hanôver-Vestfália
Cidade de Hanôver. A recente eleição do novo Imperador da Alemanha, o Rei Venceslau V da Boêmia, marca o início de uma nova era para nosso grande Império e serve como testemunho da força e da resiliência de nossas instituições. Em meio aos desafios de manter a atividade e a atratividade do micronacionalismo, o sucesso do nosso processo de sucessão reafirma o compromisso do Império Alemão com a estabilidade, a tradição e a continuidade.
A proclamação da sede vacante, após o falecimento do amado Imperador Guilherme III Luís, trouxe profundo choque e tristeza para todos nós. Perdemos um ícone de competência, um farol de estabilidade e, para muitos de nós, um querido amigo, cujo legado de paz e integração internacional permanece vivo em nossos corações. Durante as duas décadas em que ocupou o mais alto degrau do panteão micronacional, Guilherme III dedicou-se obstinadamente à construção de uma comunidade internacional pacífica e integrada, trabalhando incansavelmente para assegurar que os princípios de justiça e equidade prevalecessem.
O Colégio Vicarial da Alemanha, encarregado de preservar a ordem e assegurar uma transição pacífica e ordenada, assumiu com seriedade e diligência a responsabilidade de conduzir o processo de sucessão a partir das diretrizes estabelecidas no Edito sobre a Eleição do Imperador Alemão, garantindo-se assim a administração dos negócios do Estado, mesmo nos seus dias mais sombrios.
O processo de escolha do novo monarca, ancorado nas antigas tradições do Sacro Império Romano-Germânico, refletiu a profundidade do nosso respeito pelo passado e nossa dedicação ao futuro. A eleição, realizada no Palácio Imperial de Goslar, no distrito hanoveriano de Hildésia, foi conduzida com a máxima transparência e seriedade, envolvendo os principais representantes da nossa nobreza, cujas deliberações e votos foram guiados pela sabedoria e pelo compromisso com o bem-estar do Império.
O novo Kaiser, que se impôs o nome régio de Fernando V, foi escolhido por unanimidade pelo Colégio de Eleitores Imperiais, em uma demonstração clara da confiança depositada nessa grande liderança de nosso Império. Sua extensa biografia, marcada pela excelência nos serviços prestados ao micronacionalismo e sua abnegada dedicação ao Império, foi decisiva para merecer a distinção dos nobres alemães. Durante sua carreira, Venceslau da Boêmia demonstrou incomparável dedicação ao serviço público e um compromisso com os princípios e valores que sustentam o nosso Império. Sua capacidade de liderança, visão estratégica e habilidade em construir pontes entre diferentes interesses são qualidades que certamente beneficiarão o Império Alemão e todos os seus súditos.
A simbólica escolha do nome escolhido evocam seus antecedentes no Sacro Império Romano-Germânico, que estabeleceram bases firmes de governança e cultura. Foi celebrada na primeira Era Fernandina a Paz da Vestfália, que pôs a termo a Guerra dos Trinta Anos e estabeleceu princípios fundamentais de soberania estatal e equilíbrio de poder na Europa, marcando o início do sistema de estados-nação modernos. Esta rica herança servirá de guia e inspiração para Sua Majestade enquanto ele conduz o Império Alemão rumo a um futuro promissor.
A Capitulação Cesárea, solenemente assumida por Sua Majestade Fernando V, reafirma os valores fundamentais do Império Alemão: disciplina, ordem, respeito à hierarquia e à Coroa, respeito aos direitos e à livre iniciativa dos súditos, o modelo histórico-modelista e germanista de Estado, e respeito à autonomia dos Estados Imperiais. Este juramento, mais que mera formalidade, orienta a liderança do novo Imperador, garantindo que seu reinado honre o legado de seu glorioso antecessor e se alinhe com os ideais que sustentam o nosso Império.
Como Vigário Imperial da Germânia, sinto-me honrado em testemunhar e participar deste momento histórico. A ascensão de Sua Majestade Fernando V ao trono é um lembrete poderoso de que, mesmo diante dos desafios e da indizível tristeza, nossa nação permanece resiliente e unida, projetando-nos um futuro de esperança e progresso. A história nos ensinou que a estabilidade e a continuidade são fundamentais para a prosperidade e a paz, e é com grande orgulho que vejo esses ideais refletidos no recente processo de sucessão.
Viva o Imperador! Viva o Império Alemão!
Jorge Augusto é rei de Hanôver. Como Vigário Imperial da Germânia, preside o Colégio Vicarial da Alemanha, responsável pela escolha do novo Monarca e pela regência do Império em interregnos.
O Sucessor de Guilherme
Goslar. Foram 62 dias entre o falecimento do imperador Guilherme III (em 25 de fevereiro) e a eleição do imperador Fernando V (em 25 de maio). A coincidência entre as datas marca o momento mais dramático de todos os anos de existência do Império, ao mesmo tempo em que sinalizou o renascer do país a partir da escolha do novo Kaiser. O processo, em si, apenas se concluirá com a coroação em 8 de junho próximo, mas a sensação de vacância do trono começa a se dissipar à medida que ânimo alemão se revigora.
Nascido como Ferdinand Heinrich von Hohenzollern zu Vyšehrad, o imperador-eleito sempre esteve visceralmente conectado com a nação alemã. Irmão de Guilherme III e um de seus principais colaboradores do “inner circle” da Coroa Imperial, o novo monarca participou de praticamente todos os principais cargos da hierarquia pública do Estado alemão. Serviu como diplomata, legislador, chanceler, ministro de Estado e regente imperial diversas vezes.
Figura muito assídua a praticamente todas as principais reuniões de cúpula que contavam com a presença da delegação alemã, era um interlocutor com as maiores figuras do cenário diplomático. Não foram poucas as ocasiões em que teve suas habilidades de negociador testadas em momentos de delicadas controvérsias em favor dos interesses do Reich, mas também na busca por soluções pacíficas e conciliatórias nos melhores termos possíveis aos atores envolvidos nas questões. Sua longa lista de títulos e condecorações (nacionais e estrangeiras) demonstram o amplo reconhecimento obtido pelos muitos anos de trabalho em favor da “coisa pública” e da defesa do país que escolheu empenhar a maior parte dos seus 24 anos de micronacionalismo.
O que pode passar um pouco desapercebido é que na biografia do imperador-eleito consta, ainda, a criação de dois projetos micronacionais (ambos criados por um périplo do tradicional germanista pelas terras asiáticas). O primeiro deles foi o Estado do Badakhshan (por volta de 2012), a primeira micronação de cultura persa da lusofonia, e o País Padme (em 2016), a primeira teocracia budista conhecida. Ambos os episódios sinalizam seu respeito pela representatividade da diversidade cultural no micronacionalismo lusófono, algo de muito valor em um universo micropatriológico predominantemente eurocêntrico.
Apenas o tempo dirá como a segunda Era Fernandina servirá aos anseios dos alemães, mas o passado de compromisso pelo país bem como seus predicados enquanto micronacionalista em diversos contextos poderão retribuir satisfatoriamente ao voto de confiança unânime do Colégio de Eleitores. Por enquanto, a primeira verdade que se coloca para o Império já se presentificou: o sucessor de Guilherme foi revelado e uma nova etapa da história alemã começou. Vivat!
Coroação será em 8 de junho
Goslar. Por sugestão do imperador-eleito os preparativos para a coroação no Palácio Imperial de Goslar estão sob os cuidados de uma comissão organizadora. Os detalhes finais ainda serão divulgados, mas a data é conhecida (8 de junho) e será uma cerimônia pública.
São aguardadas as presenças de vários chefes de Estado e autoridades governamentais dos muitos países com os quais a Alemanha possui relações diplomáticas. O acesso de populares e veículos de imprensa também será gerido pela comissão, que já está estudando as fórmulas e os diferentes momentos do cerimonial.
Uma figura relevante da cerimônia será o novo vigário imperial da Cisleitânia, o duque Roderik de Rümmingen, que sucede o imperador-eleito na função. Segundo o Edito Eleitoral, caberá a ele coroar o novo Kaiser com a Coroa de Rodolfo II e de lhe apresentar a regalia que simboliza a autoridade imperial.
Questão catalã eleva temperatura na Europa
- Circulam nos canais internacionais de imprensa documentos andorranos anunciando a iminente formação do governo local da Catalunha por iniciativa de Andorra. O detalhe é que tal situação significa, na prática, violar a soberania do território espanhol.
- A situação desencadeou reações do monarca espanhol (rei Duncan III) e do Colégio Vicarial que está governando a Alemanha durante o interregno. Também há correspondências circulando em contatos bilaterais discretos procurando compreender o episódio e outras reações devem ser esperadas nos próximos dias.
- Uma sessão do Congresso de Füssen foi convocada para se reunir em breve e analisar o episódio a partir dos tratados que regem as relações diplomáticas na Europa, principalmente no que se refere à defesa da integridade das fronteiras nacionais. Atualmente, o Congresso é formado por Alemanha, Itália, Kováquia, Espanha, Vaticano, Portugal, Escandinávia e França.
- A situação ainda está em curso e futuras atualizações serão feitas pelo VN.